quarta-feira, julho 11, 2007

Sensacional!





Fernando Santos no OJOGO:


Muitos dos críticos da política de contratações do FC Porto já só podem meter a viola no saco. Os dragões são recordistas europeus da tabela de venda de jogadores no actual mercado de transferências.


Habituado a liderar em vários domínios, o FC Porto está também desde ontem no "top" de receitas realizadas no actual mercado de transferências. O espectacular encaixe de 30 milhões de euros proporcionado pela venda do passe de Pepe para o Real Madrid, ontem anunciada em primeira mão por O JOGO, junta-se aos 31,5 milhões pagos pelo Manchester United por Anderson e, somando-se ainda os valores recebidos pelas saídas de Ricardo Costa e Hugo Almeida para o futebol alemão... já estão facturados 70 milhões de euros!

Quando o mercado internacional continua atento ao valor do plantel portista – várias equipas não desdenhariam dispor já de Lucho González ou Quaresma, Bosingwa ou Helton... – o impacto das transferências já consumadas é irreversível sob vários pontos de vista. E o primeiro deles é objectivo: habituadas algumas figuras a criticar a política de contratações do FC Porto por tudo e por nada, não falta quem a esta hora tenha o dever de consciência de retractar-se. Afinal, a realização destas mais-valias, na senda das de épocas anteriores – e das quais a fase imediata à saída de Mourinho foi eloquente –, mostra como, a par de uma política de formação desejavelmente mais aprofundada, há no Dragão uma efectiva política de valorização de activos. Até verbas... invejáveis!

Incontornável no debate é também o desejo exposto por alguns de disporem simultaneamente de sol na eira e chuva no nabal. Isto é: por um lado reclamam a necessidade de um reequilíbrio económico-financeiro do emblema que lhes aquece o coração e, por outro, ficam de lágrima ao canto do olho por verem partir jogadores apreciados e graças aos quais fruíam muitas vezes uma espécie de gozo supremo. Ora, não é possível proceder à manutenção de estrelas num mercado minguado como o português e manda o bom senso aproveitar as oportunidades de negócio internacional, algo que, reafirmo, o FC Porto tem sabido gerir com inegável maestria.